quarta-feira, 12 de setembro de 2012

PROJETO PEDAGÓGICO E PLANEJAMENTO ...

Em busca de uma ferramenta de ensino adequada as demandas atuais, reunimos na Pedagogia de Projetos todos os principais instrumentos necessários para suprir todas as reais necessidades dos alunos, sem deixar de lado, sua autonomia e conhecimentos prévios, principalmente na Educação Infantil.  Trata-se de uma ferramenta democrática, eficaz e objetiva, capaz de alcançar o aluno significativamente, por ser interdisciplinar é também um instrumento facilitador para o professor, para que possa trabalhar as disciplinas de forma global, em torno de um tema.Não se tratam de atividades funcionais, regulares e intermináveis, pois em geral são realizados em função de um problema, e terminando o problema, o projeto termina. Podemos encarar um projeto que teve seu objetivo alcançado com propriedade,  como um problema que resolvemos.
Na atualidade existem inúmeras obras que discursam sobre as novas concepções de educação,  como a transversalidade, a ludicidade, e outras temáticas importantes para a formação continuada que os ajude nesta mudança, torna-se a cada dia, mais indispensável. Os educadores estão sendo desafiados a inovar, a buscar a cada dia, novas ferramentas pedagógicas, que possam transformar o processo de ensino aprendizagem em algo dinâmico e significativo, que possam  suprir as necessidades pedagógicas, cognitivas, emocionais, psicológicas e sociais dos educandos aproximando ao máximo a teoria da prática.Pensando que estas são exigências modernas, de uma escola que objetiva formar cidadãos autônomos e com capacidade crítica e cognitiva, e para tal, é necessário desenvolver a autonomia, sendo que o momento mais propício para  tal é na Educação Infantil.
São muitas as exigências aos professores nos dias atuais, mas muitos encontram-se desempregados, desvalorizados, ou totalmente sem tempo para se atualizarem devido à enorme demanda de trabalho.
Pensando em tudo isso, chegamos a um potente instrumento pedagógico, que pode auxiliar o professor em sua prática, tornando-o um profissional inovador, com autonomia e capaz de fazer a diferença, a Pedagogia de Projetos.Certos de que os projetos promovem mudanças fundamentais na cultura das escolas,pois permitem  que os educadores e educandos incorporem novas teorias às suas vivencias, transformando a aprendizagem num processo  flexível e potencializador das inteligências e dos valores humanos, além de ser um instrumento de fácil operacionalização dentre a gama de possibilidades para atingir tal intento.
Este recurso possibilita valorizar os conhecimentos prévios dos alunos, deixando claro o papel do professor como mediador, e não apenas como o detentor do conhecimento total e absoluto, e o aluno como um ser em desenvolvimento, com seus conhecimentos prévios, vontade e interesses próprios e que aprendem mediante as experiências intencionadas por esse professor. E visa re-significar o espaço escolar onde todo conhecimento é construído em estreita relação com o contexto em que é utilizado, sendo, por isso mesmo, impossível separar os aspectos cognitivos, emocionais e sociais presentes nesse processo.
Em um projeto, o conhecimento se dá de forma interdisciplinar e integrada, trabalhando as áreas do conhecimento, assim como objetivos atitudinais e conceituais, usando uma mesma base.
  • CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DA PEDAGOGIA DE PROJETOS 

Então quais seriam as características de um Projeto Pedagógico, que pudesse abranger todas essas questões? Conforme Queiroz (2001, p.09):
“A palavra projeto significa: plano geral de construção para realizar qualquer ato, intento de fazer alguma coisa; empreendimento; desígnio, cometimento (ato ou ação de cometer, empreendimento ousado, empresa arrojada) e esta baseado na participação.  Os projetos são inciativas diversificadas a partir do conhecimento e questionamento da realidade, o que gera o aprendizado de conceitos e valores...”

O projeto deve ser uma atividade intencional, aonde haja o envolvimento dos alunos, desde sua elaboração e escolha do tema, valorizando sobretudo a autonomia do aluno, como ser pensante. Este trabalho, deve ser pensado em conjunto, sem perder sua autenticidade sempre estando em contato direto com a realidade dos alunos envolvidos, sendo relevante, porem não utópico.
Um Projeto Pedagógico, não se trata de reprodução de conteúdos prontos, mas da oportunidade desses alunos, de  desenvolverem suas próprias respostas e questionamentos, sobre o tema abordado.
O objetivo central de um projeto constitui uma semente geradora de problemas, que será semeada pelo professor, através de atividades  que proporcionem experiências, e cada aluno, poderá por isso, colher os frutos do conhecimento, produzindo respostas pessoais e originais.
Um Projeto não é apenas um planejamento de aula elaborado de uma forma mais completa, mas sim uma proposta de intervenção pedagógica que irá gerar situações de aprendizagens que serão de fato significativas, possibilitando aos alunos, que participem de forma ativa, na construção do saber, como seres subjetivos, únicos e originais, formando-se como sujeitos culturais e cidadãos críticos e ativos mental e cognitivamente. 
  •  COMO SE DESENVOLVE UM PROJETO 

A primeira coisa a se pensar na construção de um projeto é a escolha de um tema, e seu destinatário. Quem irá sugeri-lo, dependerá da concepção em que ele estará sendo baseado: cientifica, espontaneista ou globalizante.
Concepção Científica: É a visão tradicional, aonde o professor, pensa deter o saber, e os alunos são vistos como seres passivos, neste método o educador não instiga o pensamento de seus alunos, que tornam-se meros reprodutores do sistema por eles imposto.
Concepção Espontaneísta: Na tentativa de romper com a concepção anterior, acabaram negando os conteúdos escolares e fragmentando o processo, perdendo o foco, que deveria ser o próprio processo de ensino aprendizagem.
Concepção Globalizante: A mais parecida com a Pedagogia de Projetos e visa, como já dissemos anteriormente, o desenvolvimento global e integral do aluno, desenvolvendo cidadãos Críticos e  autônomos, como sujeitos culturais e construtores dos próprios conhecimentos.
 Na verdade, muitos almejam encontrar o caminho do meio, mas perdem-se em seus pensamentos e certezas.
Então o melhor a se fazer é envolver todo o grupo no processo, afinal, o que caracteriza o projeto não é seu tema, e sim como o mesmo será trabalhado, e a forma como ele ira atingir seus alunos.
Além da escolha do tema, outros três aspectos precisam ser pensados, sendo eles: problematização, desenvolvimento e síntese.
Na etapa da problematização, é quando o professor faz os diagnósticos necessários para poder embasar sua prática nas reais necessidades de seus alunos.
A etapa do desenvolvimento de um projeto é o momento em que os alunos iram rever e expressar todo o conhecimento prévio que tem sobre o tema abordado, que ao serem conflitados pelos novos conteúdos apresentados pelo professor, darão vazão a construção de novos conceitos, transformando suas hipóteses iniciais em novos conhecimentos construídos .
Na síntese, as convicções iniciais vão sendo substituídas e outras mais complexas vão sendo construídas, reequilibrando as respostas.Assim as novas aprendizagens passam a fazer parte dos esquemas cognitivos dos mesmos, e irão se tornar os conhecimento prévios para outras situações de aprendizagem que serão propostas futuramente, como em um ciclo.
Isto é um projeto, e o que acabamos de ver? A construção significativa do conhecimento. Usando de forma muito sábia e pratica a teoria da “ZDP” de Vygotsky, e mais, aplicando-a .a prática do professor de forma certeira e objetiva.

“[...] desenvolvimento e aprendizagem ocupa, lugar de destaque na obra de Vygotsky. Ele analisa essa complexa questão de dois ângulos: um é o que se refere à compreensão da relação geral entre o aprendizado e o desenvolvimento; outro, as peculiaridades dessa relação no período escolar. Faz esta distinção porque acredita que, embora o aprendizado da criança se inicie muito antes dela frequentar a escola, o aprendizado escolar introduz elementos novos no seu desenvolvimento.
Vygotsky identifica dois níveis de desenvolvimento: um deles se refere às conquistas já efetivadas, que ele chama de nível de desenvolvimento real ou afetivo, e o outro, o nível de desenvolvimento potencial, que se relaciona às capacidades em vias de serem construídas, conforme explicaremos a seguir.
O nível de desenvolvimento real pode ser entendido como regerente àquelas conquistas que já estão consolidadas na criança, aquelas funções ou capacidades que ela já aprendeu e domina, pois já consegue utilizar sozinha, sem assistência de alguém mais experiente da cultura (pai, mãe, professor, criança mais velha, etc.) Este nível indica, assim, os processos mentais da criança que já se completaram.
Desse modo, quando nos referimos àquelas atividades e tarefas que a criança Já sabe fazer de forma independente, como, por exemplo: andar de bicicleta, cortar com uma tesoura ou resolver determinado problema matemático, estamos tratando de um nível de desenvolvimento já estabelecido, isto é, estamos tratando de um nível de desenvolvimento já estabelecido, isto é, estamos olhando o desenvolvimento retrospectivamente. [...]
O nível de desenvolvimento potencial também se refere  àquilo que ela é capaz de fazer de forma autônoma (nível de desenvolvimento real) e aquilo que ela realiza em colaboração com os outros elementos de seu grupo social (nível de desenvolvimento potencial) caracteriza aquilo que Vygotsky chamou de “zona de desenvolvimento potencial ou proximal”. [...]
A distancia entre aquilo que ela é capaz de fazer de forma autônoma (nível de desenvolvimento real) e aquilo que ela realiza em colaboração com outros elementos de seu grupo social (nível de desenvolvimento potencial) caracteriza aquilo que Vygotsky chamou  de “zona de desenvolvimento potencial ou proximal”. [...]
O aprendizado é o responsável por criar a zona de desenvolvimento proximal, na medida em que a interação com outras pessoas, a criança é capaz de colocar em movimento vários processos do desenvolvimento que, sem ajuda externa, seriam impossíveis de ocorrer. Esses processos se internalizam e passam a fazer parte das aquisições do seu desenvolvimento individual [...]
Segundo Vygotsky, o aprendizado de modo geral e o aprendizado escolar e particular, não só possibilitam como orientam e estimulam processos de desenvolvimento [...].
 (REGO apud CLEMENS; PEREIRA. 2010, p.13).
Como podemos ver, a teoria de Vygotsky encaixa-se perfeitamente a ideia da construção do saber da Pedagogia de Projetos. Assim como nele, podemos embasar nossa  prática de projetos em vários outros teóricos da educação, como Paulo Freire por exemplo que em seu livro “Pedagogia da Autonomia” , cita que “formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas"(p15) e chama isso de “ética universal do ser humano"(p. 16), essencial para o trabalho docente. Sendo assim, desenvolvendo a Pedagogia de Projetos com nossos alunos, podemos dizer que estamos sendo éticos com os mesmos, pois não os estaremos negando o direito de aprender significativamente? Porque não?  Já que a ética se trata do que devemos ou não fazer. “...Em sua origem, a ética e a moral se definem como o conjunto de costumes de uma determinada sociedade e que são consideradas valores e obrigações a serem seguidos pelos seus membros.” (SIEGEL.2005, p.38).
No mesmo livro, Freire disserta a respeito de que o professor também está sempre aprendendo, aprendendo com o próprio processo de ensinar a seu aluno, o que vai de contra a idéia do professor como detentor do conhecimento, mostrando mais uma vez a importância de se envolver todo o grupo no processo de ensino aprendizagem, pois o professor também esta envolvido no processo de aprendizagem no momento em que ele está acontecendo. Vemos que este processo envolve muitos fatores que não podem ser considerados isoladamente, nem ignorados, fragmentados ou desvalorizados mas sim em seu contexto geral.

“... Ensinar, para Freire, requer aceitar os riscos do desafio do novo, enquanto inovador, enriquecedor, e rejeitar quaisquer formas de discriminação que separe as pessoas em raça, classes... É ter certeza de que faz parte de um processo inconcluso, apesar de saber que o ser humano é um ser condicionado, portanto há sempre possibilidades de interferir na realidade a fim de modificá-la. Acima de tudo, ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando.

O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros.”  (WALTER. 2011, p.01).

Portanto, se tivermos em nosso alcance uma ferramenta tão útil quanto os projetos, temos como educadores a obrigação de utilizá-lo. 
  •  O PLANEJAMENTO
“A sabedoria consiste na antecipação das conseqüências.” (QUEIROZ. 2001, p.12).
Um dos momentos mais importantes se estabelece no planejamento, pois será como um guia para orientar a prática pedagógica, nele serão apontados os objetivos, articuladas estratégias de ensino, tendo também um papel reflexivo. Logicamente, o planejamento deve ser não apenas elaborado, mas também vivenciado na prática docente. Com um planejamento bem elaborado e dentro das possibilidades reais de realização, a aula torna-se eficaz, geralmente atingindo os objetivos pensados pelo professor no momento de sua elaboração. Lembrando que, para elaborar um bom planejamento o professor deve estar sempre levando em conta as características e as necessidades de seus alunos e observando sempre, os objetivos da escola, assim como seu Projeto Político Pedagógico e o Currículo de sua turma, e também nesse caso o Projeto Pedagógico que será trabalhado. Esforçando-se ao máximo, com criatividade, buscando sempre atividades diversificadas, que sejam significativas para os alunos e que despertem seu interesse. Esses e outros fatores devem ser sempre pensados pelo professor toda vez em que formos planejar.
O uso do livro didático também é importante, mas não deve ser o único instrumento. Ele pode ser usado como um norteador dos conteúdos, apresentando muitas vezes atividades e exercícios interessantes a serem incorporados na rotina escolar, porém, considero que as melhores atividades são aquelas, elaboradas pelo professor, que sabe exatamente quais são as potencialidades e incertezas de seus alunos, sendo elas muitas vezes atividades diagnósticas, sempre com um objetivo claro, não sendo fáceis de mais nem impossíveis. Desta maneira, as atividades ganham sentido claro e papel especifico na educação e desenvolvimento dos alunos.
Um bom planejamento propicia a busca da maximização dos resultados, trazendo benefícios para a escola como um todo, dá sentido a prática docente, auxilia no desenvolvimento, desperta o interesse, e torna as aulas relevantes para os alunos.
Quando os envolvidos sabem aonde querem chegar, as decisões e as implementações fluem, o projeto ganha agilidade e os envolvidos motivação. Considero impossível ministrar uma boa aula, que alcance os objetivos sem planejamento. Planejar é um bem necessário.
“ O planejamento permite buscar formas adequadas e racionais para alcançarem os objetivos desejados, o que não determina uma rota única, rígida, dogmática, mas a busca de caminhos facilitadores, ecléticos, para o alcance dos objetivos propostos.” (QUEIROZ.2001, p. 09).
  
  • ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO 

Falamos em planejamento, mas o plano de aula propriamente dito,  não e o único planejamento educacional que é realizado, primeiramente, existe o Planejamento de um sistema educacional, que é feito a nível sistêmico ,depois será desenvolvido o Projeto político pedagógico PPP, que é o planejamento g3ral das atividades de uma escola, com os objetivos, e previsões administrativas e pedagógicas a respeito do funcionamento da escola. Este planejamento deve ser democrático e elaborado por toda a comunidade escolar, seus elementos são:diagnostico da realidade escolar; definição dos objetivos; organização geral da escola; elaboração do plano de curso; elaboração do sistema disciplinar da escola; atribuição de funções, mas não entrarei em detalhes nos elementos desse tipo de planejamento.
Após construído o PPP, a escola ira preocupar-se com o planejamento curricular, que trata-se do planejamento  dos componentes curriculares que ser;ao trabalhados durante o ano , sempre com os objetivos gerais e previsão de conteúdos. Este planejamento deve ser aprovado pelo conselho (municipal, estadual ou federal) dependendo de cada caso, por tanto, a escola o elabora e o submete a aprovação deste conselho.
O próximo nível de planejamento é o Planejamento didático ou de ensino, que diz respeito mais diretamente aos educadores, e se dividem em três tipos: o plano de curso( ou plano de ensino); plano de unidade didática ; e o plano de aula que é o tema do tópico presente.os conteúdos que serão estudados de uma disciplina durante o ano.
O plano de ensino é como se fosse um roteiro organizado das atividades a serem desenvolvidas em cada disciplina durante o ano, ou semestre, seus componentes são:  justificativa da disciplina; conteúdos; objetivos e desenvolvimento metodológico.
O plano de aula é a descrição do que será desenvolvido no dia letivo, aonde o professor  prevê os objetivos, define procedimentos  e organiza as atividades de seus alunos, indica os recursos a serem utilizados, e indica como será feita a avaliação. Apesar de bem simples, é algo totalmente impossível dar uma boa aula, sem primeiro ter pensado em todos esses aspectos. O planejamento (PL) pode ser feito de vários modelos, mas em todos eles devem constar os seguintes aspectos :
·                    Conteúdos: São os itens ou subitens   da programação embasados no plano de ensino ;
·                    Objetivos: Objetivos específicos a serem alcançados nesta aula;
·                    Procedimentos de ensino, ou metodologia: a descrição detalhada de tudo o que será feito nessa aula, incluindo toda a rotina a ser seguida e os recursos a serem utilizados;
·                    Procedimentos de avaliação:  Previsão dos instrumentos avaliativos dos alunos e da própria aula.
Considero que nunca mais poderei ignorar o trabalho com projetos, sendo esse um dos mais potentes instrumentos de trabalho de um professor, nos dias atuais, principalmente na educação infantil, a importância de um trabalho sistematizado e bem organizado vai muito além do que eu esperava, isso contribui não apenas para que tenhamos o foco de onde queremos chegar, ao organizar esses trabalhos pude sentir satisfação em todos os aspectos, desde o momento de vencer a barreira da ignorância e do não conhecimento em se tratando do próprio projeto pedagógico , até a satisfação do resultado, e do retorno dos alunos, tudo foi muito mais grandioso do que o esperado, as atividades foram desenvolvidas com sucesso, e pude a todo momento, refletir sobre as palavras que escrevi neste trabalho, tudo o que escrevi anteriormente foi confirmado na prática, item por item, argumento por argumento. Deparei-me com professores que tinham total certeza de que eu não sabia o que eu estava fazendo, e com outros que me acharam uma professora no final do curso, empolgada com idéias impossíveis do tipo “ Também já tive essa ilusão um dia!”. Isso me entristeceu um pouco, pois gostaria muito que elas pudessem ver a pedagogia de projetos da forma como eu vejo hoje, uma luz no fim do túnel, uma salvação para a banalização da educação infantil, aonde muitas  professoras, ainda imaginam-se como meras cuidadoras e catadoras de brinquedos, aonde ainda muitos enxergam bebes apenas como tubos digestivos e creches como depósitos de crianças, pois isso ainda acontece, não sei como. Nesse aspecto pude confirmar a minha idéia sobre a formação desses professores, que esta defasada, inapropriada, incondizente com a realidade das crianças, assim, pergunto-me, como um professor poderá sentir-se realizado como profissional se não sabem como fazer? Se esperam fazer as coisas sempre do mesmo jeito, esperando resultados diferentes... como seria isso possível? Encontramos professores irritantemente desmotivados, por que sentem-se frustrados, por não alcançarem seus objetivos, esqueceram-se do que aprenderam na faculdade, perderam o foco, em suas murmurações e problemas, maximizaram as dificuldades, e esqueceram-se das crianças, esqueceram-se que afinal, estão ali para dar suas vidas a elas e por elas, esqueceram-se que são provavelmente a única ou uma das poucas fontes de sanidade, que elas tem, (ou ao menos deveriam ter ) e que neles iram se espelhar e formar suas referencias para o resto da vida.
Quanto a importância do planejamento e a funcionabilidade dos projetos pedagógicos, considero-os incontestáveis, e de suma e total importância na prática docente, considero que sem eles, a mesma torna-se impossível de ser realizada com sucesso, e imagino que essa seja uma das razoes para a frustração dos professores e declínio da educação.

  • REFERÊNCIAS

          -SIEGEL, NORBERTO.
    Fundamentos da Educação: Temas transversais e ética - Centro Universitario Leonardo Da Vinci Indaial: ASSELVI, 2005


- SCHOTTEN, NEUZI.  Processos de Alfabetização – Centro Universitário Leonardo Da Vinci Indaial: ASSELVI, 2008.

- CLEMENS, PEREIRA. Psicologia da Educação e Aprendizagem – Centro Universitário Leonardo Da Vinci Indaial: ASSELVI, 2010.

-ABRANTES,Paulo: Trabalho de projeto e aprendizagem da Matemática. Rio de Janeiro: MEM/USU – GEPEM, 1995.

- FREIE, Paulo: Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

- WALTER: Pedagogia da Autonomia.Resenha. Disponível em: <http://pedagogia.tripod.com/pedagogia_da_autonomia__resenha.htm >Acesso em: 30/11/2011.

Escrito por: LARISSA LOPES




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