sexta-feira, 14 de setembro de 2012

ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL NAS ESCOLAS

A Orientação educacional tem por objetivo encontrar as possibilidades no sentido de que a escola venha exercer com dignidade e clareza, seu papel no ensino/aprendizagem, com total fundamentação no seu projeto político-pedagógico, (PPP) agenciando qualidades fundamentais para o desenvolvimento de pessoas capazes no exercício da cidadania. Nos dias atuais, o orientador é sempre aquele que trata dos assuntos relacionados à cultura da educação e busca encontrar meios estratégicos para que a realidade da escola e do ensino/aprendizagem não venha se transformar em barreiras que dificultem a caminhada da educação, ainda que o orientador/educador tenha que lançar mão das situações vividas a cada dia dentro da disposição escolar. 
Sabe-se que existe uma boa parte de professores nos dias atuais que ainda não se tocaram para a necessidade da modernização do ensino, visto que a Escola de hoje, tem uma participação muito mais complicada do que outrora, sendo assim, deve-se aplicar uma educação dentro das novas regras desejáveis pela prática social, face à questão da mídia e dos aspectos sociais e do virtual, que se encontram presentes quando o assunto é a educação. A Orientação Educacional, nos dias atuais, passa também por esse procedimento e desempenho, visto que sua atuação é absolutamente praticada por meio dos professores, para os alunos e a sociedade escolar.   
 Daí então, começa o empenho em descobrir que papel exerce a orientação educacional e qual autoridade teria o orientador educacional nas unidades educacionais? Com o objetivo de observar a atuação do profissional de orientação educacional.  
Como o espaço físico e temporal para este estudo é bastante reduzido, torna-se então imprescindível identificar algumas saliências em termos de fundamentação para a elaboração deste trabalho. Sendo assim, há de se recorrer a alguns doutrinadores que se preocupam com o tema, quais ajudarão com seus pareceres e suas inteligências em colaboração com esta obra.
Quando o assunto é a Orientação Educacional nas Escolas, Grinspun (2006), não se hesitou ao declarar que: “O orientador educacional dialetiza as relações e vê o aluno como um ser real, concreto e histórico”. Assim, ele adota uma atitude política, compreendendo que o ensino é parte da situação sócio-econômico, além de político-cultural e o aluno é a fundamental peça desse contexto, onde o mesmo está inserido em um grupo social. Por este motivo, o Orientador Educacional, seria um profissional de considerada valia no recinto educacional, pois a ele cabe a articulação e a orientação, minimizando as impossibilidades, as comparações e assim, procurar auxiliar o aluno a entender as redes de afinidades que  se estabelecem na sociedade.
Atualmente, é indispensável que o Orientador Educacional, possua boa formação político-pedagógica, cultural e psicológica, visto que a criança/aluno hoje, não é mais o mesmo de outrora. Assim sendo, há de se questionar: Quem é esse sujeito/aluno?
Nesse mesmo sentido, Libâneo, (2001) assim se expressa:

o sujeito/aluno, é um sujeito permeado por um mundo que têm por  base a negação do amor e dos valores humanos, gerando atitudes de violência e  intolerância. Um sujeito desprovido de otimismo, perspectivas, esperança, sonhos e ideais, combustíveis essenciais para uma vivência cidadã.  Daí percebe o  sujeito/aluno que temos em nossas escolas, sendo preciso lançar novas  perspectivas sobre o sentido da formação da cidadania, o que se faz necessário  educar para participação social, para o reconhecimento das diferenças entre vários  grupos sociais, para a diversidade cultural, para os valores e direitos humanos.

A observação que se pode fazer do cotidiano do aluno e como ele vai se formando, torna-se bom porque a criança que se encontra na escola, queira ou não, ela participa de informação em outros meios, tendo contato com diferentes notícias, que de acordo com a inteligência de Saviani, (2000) "é preciso realizá-la no dia a dia, respondendo, avaliando, questionando num trabalho desenvolvido em grupo ou individualmente que edificam o seu mundo desenvolvendo-o por si só”. Nesse caso, o orientador, atua criando oportunidades para que se adquira conhecimento, levando-o à aquisição de conhecimento, proporcionando ao aluno uma "mente crítica" conforme já foi dito por Paulo Freire.
A Função do Orientador no Ambiente Escolar.
De acordo com o pensamento de Grinspun (2001), O tamanho social e a dimensão histórica brasileira, repercutem fortemente na execução da tarefa educacional do país. A qualidade existente nas orientações faz com que se perceba que o caráter contido nas teorias que os Orientadores Educacionais utilizaram no transcorrer dos tempos estavam arroladas, na maioria das vezes, ás ações que careciam de ser desenvolvidas pela criança/aluno, para sua própria formação. Neste caso, o Orientador Educacional tinha seu trabalho voltado apenas para o integral desenvolvimento do aluno.
Na continuidade, Grinspun (2001) acrescenta ainda que:

Um profissional que possuía alto sentido de autoridade e conhecimento no campo educacional e cuja pratica se estendia, além da orientação ao aluno, á formação de um clima educativo, na escola, para que o educando pudesse ter um bom desempenho nesta instituição. (GRINSPUN, 2001)
Com o decorrer dos tempos em face de todas as acomodações do ensino brasileiro, Segundo informações dadas por Grinspun (2001), com a função de Orientador Educacional não foi diferente, visto que a mesma foi obrigada a se adequar e, sendo assim, o Orientador(a) Educacional  acompanhando as mudanças, sua pratica tomou novo rumo, agora apontando para o professor e a escola. Sendo que o direcionamento de seu trabalho educacional passou a ter outro rumo, agora para agilizar uma nova dimensão de relacionamento entre professores e alunos, melhorando o processo ensino/aprendizagem. Hoje, sua função tem início na matricula do aluno, para que conheça a realidade de cada um, até a preparação do projeto político/pedagógico, quais serão praticados pela escola.
No entanto, há de ser observado que todas as setas da orientação educacional se encontram apontadas para o pleno crescimento do aluno. Visto que de todas as suas pertinências, o aconselhamento, manteve-se em todos os períodos, por ser reconhecido como a mais importante e necessária ação do Orientador (a) Educacional.
Aparentemente, pode-se entender que este termo "aconselhamento" seja sinônimo de chamar a atenção do aluno como castigo, por erros ou insuficiência de aprendizagem naquilo que deveria já estar aprendendo, no entanto a doutrina revela diferente entendimento.
Neste sentido, Luck  (2001) avalia que:
A suposição implícita é de que no aluno esta a causa do problema. Tal procedimento não reconhece que, muitas vezes, comportamentos inadequados do educando são causados, dentre outros, por disfunções ambientais como, por exemplo, currículo e programas e condições individuais regulamentos inflexíveis, ou insensibilidade de professores e adultos em geral á individualidade do educando. (LUCK 2001)
A orientação entendida nesse estilo, vinha sendo vista como uma maneira de aconselhamento na escola, que auxiliava, promovendo meios e condições para o aluno sentir o desejo e necessidade em buscar o conhecimento, discutir as dúvidas e pensar nas respostas, para refletir e problematizar, agindo sobre os dados necessários à edificação do seu conhecimento, promovendo a informação necessária para o seu crescimento intelectual e de sua cidadania.
   Neste momento final, no qual se deve refletir no estudo realizado, essa autora se declara satisfeita, considerando o conhecimento adquirido, no entanto declara ainda, que o tema ora estudado, jamais será esgotado, visto que tanto a língua portuguesa, quanto a ciência da pedagogia são ciências vivas e evidentemente mutáveis.  
Sendo assim, considera-se que a função escolar orientadora, exercida por Orientador(a) devidamente preparado(a) para tal função, também vem se adequando às mudanças ocorridas por determinação Ministério da Educação e Cultura (MEC) e por meio da Lei das Diretrizes e bases (LDB) e ainda, pelos parâmetros curriculares Nacional.
Ficou entendido que até bem pouco tempo, aceitava-se o aconselhamento educacional, como se fosse um castigo ao sujeito/aluno para que o mesmo melhorasse sua aceitação quanto ao ensino e seu rendimento escolar. No entanto, o entendimento hoje quanto ao tema estudado, é que o aconselhamento nada mais é do que um acompanhamento do aluno desde sua matrícula, além do acompanhamento dos professores e a participação na elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP), qual deve ser usado pela coordenação da escola e os professores no preparo da ementa a ser ministrada aos seus alunos em sala de aula.
  • REFERÊNCIAS
-GRINSPUN, Mirian.  A Orientação educacional - Conflito de paradigmas e alternativas para a escola. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2001/2006. 
-LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola Teoria e Prática. 3ª ed. Alternativa, Goiânia/GO, 2001.
-LÜCK, Heloísa. et.al. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 5º Ed. São Paulo, 2001
-SAVIANI, D. Saber escolar, currículo e didática. 3.ed.Campinas: Autores Associados, 2000. 

Escrito por: AMANDA ALVES CARVALHO

2 comentários:

  1. Ótimo texto Amanda! Parabéns! Beijos LAri

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